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Imobiliário

A capital paulista, que concentra 30% do mercado imobiliário nacional, manteve a primeira posição nesta edição do ranking das Melhores Cidades para Fazer Negócios

O ano de 2022 foi histórico para o mercado imobiliário da cidade de São Paulo, com a inauguração do prédio mais alto da maior metrópole do país, o Platina 220, com 172 metros de altura, localizado no Tatuapé, região Leste. O edifício desbancou o até então inabalado Mirante do Vale, que tem 170 metros e fica no centro. O empreendimento é um símbolo que reflete a posição da capital paulista, eleita a melhor cidade para fazer negócios no mercado imobiliário.

O arranha-céu, construído pela incorporadora Porte Engenharia e Urbanismo, foi erguido em uma das regiões com maior demanda por habitação da cidade de São Paulo. Igor Melro, diretor comercial da empresa, explica que a estratégia adotada foi justamente atender uma demanda reprimida na zona leste da capital paulista, onde moram 4,5 milhões de pessoas.

Willian Rigon, diretor de marketing da Urban Systems, avalia que a cidade de São Paulo tem um déficit habitacional grande, o que justifica a alta demanda do setor para negócios. Dados mostram que 30% de todo o mercado imobiliário do país se concentra na capital paulista.

Mesmo os edifícios corporativos, que ficaram esvaziados durante a pandemia de covid-19, recuperaram a ocupação e a demanda está em crescimento. “Podemos dizer que de 80% a 90% da demanda já está estabilizada, com alguns preços subindo. Espaços como Faria Lima, Itaim Bibi e Vila Olímpia estão com uma ocupação superior ao período anterior à pandemia de covid-19”, detalha Ely Wertheim, presidente executivo do Secovi-SP.

O Platina 220 foi erguido e pensado em um conceito para uma nova cidade, que mistura partes residenciais e salas comerciais, além de lajes corporativas. Os números são imensos, assim como o projeto. Só de elevadores são 20. Para atingir o potencial construtivo, foram utilizados os benefícios previstos pelo Novo Plano Diretor da cidade de 2014, como uso misto, fachadas ativas, fruição com a rua, entre outros.

O Plano Diretor tinha uma revisão prevista para este ano, mas a prefeitura pediu um adiamento para enviar as propostas somente em março do ano que vem. O documento é um guia para onde e como a cidade vai crescer.

“Esse é um debate que a gente precisa fazer com a sociedade. Como atrasaram muito o projeto, por causa de decisões judiciais que já foram resolvidas, não conseguimos concluir todo o ciclo de audiências públicas necessárias para poder enviar para a Câmara algo robusto. É muito ruim algumas interferências do Ministério Público que acabam demorando e fazendo com que ações importantes do poder público sejam postergadas”, disse o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).

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